Medalha Richard H. Driehaus para a Preservação do Património

Apresentaçao

Muitas vezes esquecemos o facto de que nenhum dos trabalhos destacados realizados pelos arquitectos e urbanistas e a sua oportunidade de criação seriam possíveis sem um patrocinador que não seja apenas um cliente. Espanha e Portugal têm a sorte de contar com indivíduos e instituições que merecem ser reconhecidos.

A Medalha Richard H. Driehaus para a Preservação do Património é um reconhecimento que se entrega junto com o Prémio Rafael Manzano da Nova Arquitectura Tradicional. Tendo como referência o próprio Richard Driehaus, a medalha distingue empresários, promotores, presidentes de fundações ou de outras instituições que tenham realizado contribuições significativas para a preservação do património dando continuidade às tradições arquitectónicas de Espanha e Portugal.

O prémio, que não tem alocação económica, consistindo numa medalha desenhada por Rafael Manzano Martos, se entrega durante a cerimónia do Prémio Rafael Manzano na Real Academia de Bellas Artes de San Fernando de Madrid, na qual se apresenta um vídeo sobre o trabalho do galardoado.

As candidaturas são avaliadas pelo júri do Premio Rafael Manzano, que é complementado com o máximo de três pessoas adicionais que poderão conhecer potenciais candidatos à medalha.

 

Critérios de Avaliação

O júri avaliará as candidaturas com base no destaque em um ou mais das seguintes actividades:

– Patrocínio na preservação e/ou restauro de sítios e elementos históricos respeitando o carácter do lugar.

– Desenvolvimento de novas construções em harmonia com a identidade tradicional de uma área patrimonial.

– Promoção do património cultural material ou imaterial.

– Difusão dos valores próprios do património construído e cultural.

– Defesa da preservação e do restauro de sítios, estruturas ou elementos culturais em perigo, assim como da incorporação apropriada de novos elementos.

– Gestão inovadora que tenha dado lugar a modelos de êxito na conservação do património e da prática do desenho tradicional.  

 

Formato das Candidaturas

As candidaturas devem incluir a seguinte documentação:

1. Uma biografia pessoal ou profissional do candidato (250-500 palavras).

2. Justificação, com não mais que uma página, em espanhol ou português e em inglês, que resuma as razões pelas quais o candidato deveria receber este reconhecimento.

3. Duas cartas de recomendação assinadas por pessoas de reconhecido prestígio que conheçam casos em que o candidato tenha demonstrado as características enumeradas nos critérios de selecção.

4. Descrição até seis casos nos quais o apoio do candidato tenha sido fundamental para o desenvolvimento da preservação do património e/ou da nova construção em consonância com o mesmo.

5. Até seis fotografias que documentem cada caso citado no ponto 4.  

 

Nomeação

Eles poderão apresentar candidatos:

– Os membros do júri do Prémio Rafael Manzano

– Os vencedores do Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional

– O Ministerio de Cultura y Deportes e o Ministerio de Fomento da Espanha

– O Ministério da Cultura e o Ministério das Infraestruturas e da Habitação de Portugal

– Direcções-gerais e institutos de património das diferentes comunidades autónomas e regiões portuguesas e espanholas

– INTBAU España e INTBAU Portugal

– A Real Academia de Bellas Artes de San Fernando

– Outras instituições culturais convidadas

Richard H. Driehaus

É apropriado dar o nome de Richard H. Driehaus a esta medalha, já que o seu apoio ao património de Espanha e Portugal e a quem reconhece este património como inspiração e guia para novas obras, é um exemplo de elevada importância.

Vencedores desde 2019

Na primeira edição da Medalha, os vencedores com o reconhecimento foram Antonio Almagro Gorbea, impulsor dos primeiros trabalhos dirigidos à recuperação do património material e imaterial de Albarracín, e Antonio Jiménez Martínez, director e gerente da Fundação Santa María de Albarracín, dedicado à continuação e amplificação deste primeiro impulso.

A Medalha para a Preservação do Património 2020 foi atribuída a Vítor Cóias e Silva porque a sua prática como engenheiro civil foi alvo de uma menção especial por se ter destacado na investigação, desenvolvimento, utilização e divulgação de soluções técnicas destinadas a respeitar a integridade estrutural e de construção dos monumentos a serem reabilitados ou restaurados. É também de salientar a sua importância como educador, tanto para o público especializado como para o público em geral, graças à coerência e continuidade das suas inúmeras iniciativas destinadas a promover uma melhor preservação do património arquitectónico e das tradições de construção através de múltiplos congressos, publicações, entrevistas e especialmente através da revista Pedra & Cal e da criação de plataformas cívicas como o Grémio do Património ou o Fórum do Património.

O vencedor da Medalha de Conservação do Património em 2021 foi José María Ballester, em reconhecimento da sua carreira profissional, na qual se destacou por promover e pôr em prática uma noção ampla e integradora do património, sem o separar da paisagem e do território, dos seus recursos naturais e económicos, da sua cultura e dos conhecimentos tradicionais. Esta visão levou-o a criar iniciativas de desenvolvimento rural baseadas nessa perspectiva sobre o património, e que procuram gerar riqueza e fixar a população através da valorização dos próprios recursos naturais e culturais locais.

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